sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Qualidade do tempo na escola: reflexões compartilhadas no Curso de Extensão "Educação (em tempo) integral no contexto do Programa Mais Educação" UNIRIO/MEC

Com a turma de Itaboraí, na quarta-feira, 17-11, e com a turma Nova Iguaçu 2, ontem, 18-11, discutimos um dos desafios mais eminentes ao Projeto hoje vivenciado nas escolas: como aproveitar, provocar e desenvolver a incorporação das oficinas desenvolvidas no Mais Educação ao currículo do turno comum na escola. Entendemos que, para isto, a concepção de cultura e de conhecimento escolar precisa mudar, de uma concepção de educação bancária (ver Paulo Freire: Pedagogia do Oprimido), para uma concepção de educação integral (ver as contribuições do artigo de Ana Cavaliere: Educação Integral: uma nova identidade para a Escola Brasileira?) Refletimos com experiências desenvolvidas hoje nas escolas que trabalham com o Projeto, percebemos avanços, como a integração do trabalho entre os professores e oficineiros no planejamento (relato da Professora Marcia Emerich), a integração do conhecimento escolar nas oficinas (relato da Profa. Andrea Ferreti), o envolvimento da comunidade na escola quando as temáticas parecem ser realmente relevantes para o cotidiano vivido (relato da Profa. Josemary, referindo-se ao interesse dos pais sobre os temas de violência familiar e Bullying), aproveitamento de espaços nunca antes pensados... (relato da Profa. Mariângela) . Colocando fogo no debate, a necessidade de entender a escola como espaço de diálogo entre culturas, expressão e dialogo de saberes, soluções de sobrevivência, manifestações criativas, e, principalmente, de entender que ler, escrever e calcular são apenas uma parte do conhecimento escolar e que precisam ser trabalhadas por meio de atividades que lhe dêem sentido, ou melhor dito, na vivência do sentido social de suas práticas, trabalhando, assim, o conhecimento como instrumento de mudança social. Mais uma vez...educação é política.

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