quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Comentando a greve nas universidades federais

No link abaixo, comunicado do ANDES (nosso Sindicato) sobre nossa situação em relação ao Governo Federal.
Recordar é viver e, então, é bom lembrar que, ano passado, o governo, acredito eu que influenciado pela desmobilização geral dos professores (fruto de reposições salariais anteriores, investimentos em projetos e ampliação de vagas nas Universidades públicas), oferece um reajuste salarial de apenas 4% a serem pagos em março de 2012. De forma incompetente, encaminha para o Congresso um documento com um erro no índice, que de 4% passou para 3%, também não faz caminhar o grupo de trabalho que, desde 2009, está proposto para reorganizar (de forma a comtemplar necessidades de atualização e melhoria) o plano de carreira dos professores e, para fechar o quadro, atrasa até maio (às vésperas da deflagração da greve), o pagamento do reajuste. O Sindicato pedia quase 29% de aumento. O Governo propõe de 25 a 40%, mas de forma a desestruturar toda a carreira, que é fundada em índices de promoção de acordo com formação e tempo de serviço. Ao propor índices de reajuste diferenciados dentro da carreira, desestrutura as classes e os níveis. Quando apresentou a primeira proposta, o Ministro do momento disse que os titulares (para quem o Ministro está propondo os 40% de aumento) eram 85% dos professores das universidades federais (assisti ele falando isto na tv). O fato é que chegam ao topo da carreira poucos professores (poucos são titulares), mas supondo que fosse verdade o dito pelo Ministro, e que a intenção do partido político que recuperou salários, criou o REUNE e tem disponibilizado, por meio de projetos, investimento significativo para pesquisa, a conta emergencial seria simples: entre 25% (aumento para a base) e 40% por cento (aumento para o topo) temos uma média de 32,5% que poderia ser oferecida para todos, mantendo os 13 níveis da carreira (ponto comum entre Governo e Sindicato, neste momento). Outra questão, impensável no momento, seria prolongar até 2014 o aumento. As demais questões, se jogadas para o grupo de trabalho poderiam ser amadurecidas e (verdadeiramente) negociadas até março do próximo ano. Nossas reivindicações, mesmo com os 32,5%, seriam parcialmente atendidas, uma vez que a unificação da carreira com os institutos superiores, especialmente, ainda não seriam atendidas, mas poderiam, mais uma vez, serem encaminhadas para um grupo de trabalho que, neste momento político, encontra-se fortalecido (situação diferente de 2009 até aqui).
Segue o link da ANDES, que esclarece melhor cada uma das reivindicações.

https://docs.google.com/file/d/0B48pp-OUXm7nUHRnWVY4VnJMSGc/edit?pli=1

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