segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Trocando seis por meia dúzia...

Nas entranhas do poder, em Gothan City, existe uma sucursal de uma agência internacional que comanda a perpetuação da ignorância por meio do sistema educacional. Segundo esta sucursal, aprender é exclusivamente resultado do ensino. Aprende-se o que se ensina, literalmente. Então, como diria o super professor Danilo Gandin, saber o que é, como funcionam e para que servem as monocotiledôneas é uma questão de repetição. Um professor fala e os alunos aprendem, repetem o aprendido na prova, e, assim, terão grande sucesso educcacional e, posteriormente, grande sucesso profissional. Até as pedras (e os botões da camisa do Mino Carta, provavelmente) sabem que não é assim.
A possibilidade/ideia/ficção de um grande sucesso educacional é vendida por um braço politicamente armado (de poder) das empresas que atuam no setor educacional: tratam os alunos e suas famílias como clientes, o conhecimento (um arremedo dele) como produto, professores como operários de uma fábrica. Tudo que for insumo a ser vendido lhes interessa: livros didáticos, provas, computadores. Além do lucro das vendas, interessa-lhes demonstrar que o que é público é ruim, o que é privado é menos ruim.
Em Gothan City, troca-se um gerente de terceiro escalão, responsável (?) por um setor que deveria prestar contas de um processo educacional democrático e justo, atualmente um lobo, por uma jaguatirica. Troca-se seis por meia dúzia.

Nenhum comentário: