segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Resultado da primeira etapa do processo seletivo Edital 1 - Doutorado em Educação na Unirio

GEPAC em 31 de outubro de 2014

Confirmamos a reunião do GEPAC em 31 de outubro de 2014, às 14h30min, na sala de aula do mestrado (ou na sala 215, caso tenhamos algum imprevisto). Nesta reunião, teremos a apresentação das pesquisas:
Professor Armando Arosa (UFRJ) "Políticas públicas, produção de conhecimento e discurso jornalístico em Educação"
Professoras Silvia Sobreira  (UNIRIO) "A disciplinarização do ensino de música"
Maria Elena Viana (UNIRIO) "Preconceito racial nas entrelinhas das diferentes práticas educativas"
Aproveitaremos para divulgar o novo livro que sai agora do forno:

Link para a Editora:

Editora Cortez


Dilma - 2015 a 2018

Não será possível para agradar a todos, mas poderá ser melhor. O risco de perder para o projeto conservador, empurrado por uma imprensa que, no caso da Veja, para além de conservadora tornou-se golpista, pode vir a catalisar as origens do PT - movimentos sociais, sindicatos e intelectuais - que têm em comum o interesse em uma sociedade mais justa e democrática.
A imprensa continuará jogando pesado: uma olhada hoje nos portais dos jornais que ainda se mantêm fortes tonalizam a fofoca no lugar da informação.
As alianças também são um desafio: ao mesmo tempo que viabilizam a governabilidade, inviabilizam, em um primeiro ato ao menos, um programa à altura do que os apoios populares significam. Na minha visão, a esperança de que podemos avançar muito: consolidar o acesso para todas e todos ao ensino superior; tornar a educação básica mais significativa para entendimento do mundo (na cultura, na política, nas questões políticas e sociais); fomentar os pequenos, micros e médios empresários; ampliar as condições de trabalho da polícia federal (tão bem impulsionada no Governo Lula); recuperar o valor das aposentadorias; continuar apoiando o desenvolvimento equitativo do Brasil; mostrar ao mundo uma outra receita para a crise.
Arregaçando as mangas, sem parar nem para comemorar, mãos na massa! Ou melhor, com a massa, aproveitando os apoios recebidos. Metade mais dois da população acreditam que uma outra história é possível de ser construída.

sábado, 25 de outubro de 2014

Para quem acredita no Aécio...

Reportagem da Carta Capital sobre o envolvimento tucano no desvio de dinheiro da Petrobrás:


http://www.cartacapital.com.br/politica/sergio-guerra-nao-foi-o-unico-tucano-a-receber-dinheiro-da-petrobras-afirma-empresario-5425.html


Para quem pensa ter qualquer motivo para votar no Aécio (exceto se for muito rico):
http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Michael-Lowy-vitoria-de-Aecio-seria-dramatica-regressao-social-e-politica/4/31973


E o juiz Sergio Moro, você vai ajudar um colega do Francisco Dorneles (atual vice do Patão, quer dizer, Pezão) a ser nomeado ao STF, pelo Aécio, caso eleito?

Por que votar em Dilma?

“Vocês (tucanos) chegaram à obra prima de aumentar imposto e deixar dívida pública muito maior do que vocês receberam. Candidato, não há termos de comparação entre o que fizemos e o que vocês fizeram. Enfrentamos a crise, não deixamos desemprego e a que a diminuição do salário recaísse na conta do povo brasileiro”.
“Vocês deixaram o Banco do Brasil com uma grade dívida. Nós demos lucro, profissionalizamos o Banco do Brasil. Vocês quebraram a Caixa, o BNDES, reduziram tudo ao tamanho que vocês achavam que devia ter, ou seja, sem política industrial e social”.
Governo PSDB desemprego de 11,4 milhões de pessoas 
Governo PT 5,6 milhões de empregos durante a crise mundial
Ganho real do salário mínimo 71% acima da inflação
Além dos concursos e da autonomia dada à Polícia Federal, já no Governo Lula, que possibilitou ao órgão o combate à corrupção, são medidas propostas por Dilma para continuar combatendo a corrupção:
1. Transformar em crime eleitoral a prática de Caixa 2 (particularmente eu penso que poucos donos de empresa vão ficar livres) 
2. O funcionário público que enriquecer sem mostrar a origem, perde o bem e ele é criminalizado (atualmente, funcionário público que enriquece e não justifica a origem apenas paga o Imposto de Renda proporcional), porém Dilma propõe mais rigidez na punição, com a perda do bem.
3. Criação de uma instância especial dentro dos Tribunais Superiores para julgar mais rápido os crimes com foro especial, de colarinho branco

Dilma 13!


Dilma 13! Dilma Presidente!

Então o que supostamente diz um preso, em situação de delação premiada, vai fazer a gente a perder o acesso de todas/os à universidade?
Vai fazer a economia do Norte, Nordeste falir?
Vai voltar a combater a crise com a receita do "pagam os pobres"?
Vai vender pros amigos a Caixa, o BB, a Petrobrás?
Não vai não!!! Veja a resposta:

Dilma Presidenta! É 13!

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Questões de Goiânia em 09 de outubro de 2014



Viajar para trabalhar com a formação de professoras e professores é sempre um aprendizado, desde as mudanças nas ações dos aeroportos (função "seja seu próprio atendente", como propõe a Gol, que vc faça seu check in, troque seu acento, limpe a aeronave, rs...) até o mais significativo, porque permeado de significantes outros, práticas interessantes, debates acalorados. Por fim, a viagem foi ótima e, na bagagem de retorno, além das lembrancinhas, muitas questões e, entre estas, as perguntas que não tiveram comentários por falta de tempo naquele auditório imenso do Centro de Convenções.
Seguem as questões, com meus agradecimentos (nada mais triste que terminar uma participação em mesa redonda sem perguntas do auditório...):
1. Como viabilizar a construção de um currículo em uma perspectiva contra hegemônica às ideologias neoliberais quando se está inserido na sociedade do consumo regida pela lógica do mercado? É preciso uma transformação dos homens, das relações de trabalho ou da escola?
Indícios de resposta:
É preciso transformar as pessoas, as relações de trabalho e a escola, esta transformação ocorre de toda a forma e todos os dias, independente de nossa vontade. Embora a escola possa parecer igual ao que sempre foi, ela está sempre em transformação, porque é construída, vivida, sentida por pessoas que também estão em transformação. Talvez a questão seria: como transformar a nossa prática escolar em uma sociedade que se transforma com base em valores que queremos superar? Fazemos muitas coisas na escola, nossas propostas curriculares são diversas e amplas. Algumas coisas que fazemos conservam valores que queremos superar (injustiça, desrespeito, autoritarismo), outras coisas que fazemos nos ajudam a caminhar na direção que escolhemos: justiça, respeito, autoridade e participação. Penso que as práticas democráticas podem ampliar o que fazemos no sentido que queremos: assembleias para discussão do que realmente é importante; envolvimento da comunidade nas atividades da escola, nos estudos de caso, na produção de propostas de trabalho; atitudes cotidianas de escuta de todos por todos. Estas ações até podem fazer com que nossas atividades possam demorar mais para serem realizadas, mas fazer com participação nos ajuda a mudar a escola e a sociedade, porque muda o ambiente em que as pessoas fazem a escola e a atitude das pessoas neste ambiente.  Parabéns pela sua pergunta, você atenta com razão para a inviabilidade de dissociar a escola das questões sociais que, presentes na sociedade, também estão presentes na escola.
2. Como vê o currículo bimestralizado com conteúdos previamente definidos, frente a sua ideia de ensino conforme os interesses dos alunos?
I.R. (indício de resposta, porque o tempo aqui também é curto): Vejo o currículo bimestralizado como uma ilusão que se mantém na escola porque acreditamos que funciona, embora saibamos, pela nossa experiência cotidiana e pelos estudos que desenvolvemos na formação de professoras e professores, que a aprendizagem é um processo contínuo, de sempre retomar o que é realmente importante muitas e muitas vezes (o que contrapõe à ideia da bimestralidade) durante a educação básica. Todavia, imagino que os conteúdos não são definidos na hora em que o professor/a professora entra na sala. Compliquei? Trabalhar com conteúdos que façam sentido para os estudantes, isto é, conteúdos que possam se tornar eficientes/relevantes para os estudantes, não significa improvisar conteúdos, ou trabalhar apenas com o que os estudantes dizem ser interessante. É necessário muito trabalho, nas experiências que acompanho, para que os estudantes atribuam sentido aos seus estudos escolares. Parece-me que a pergunta se referiu às propostas curriculares engessadas, que dividem um conteúdo escolar tradicional entre os bimestres, na suposição de que bastaria ao professor trabalhar com o conteúdo naquele momento que o conteúdo seria aprendido pelos estudantes. O problema está menos em ter um conteúdo previamente definido e mais em fazer esta definição apenas com especialistas (da Universidade, da SME ou da Escola). Entendo que, no lugar de definir externamente à escola o conteúdo a ser trabalhado, deveríamos, por meio do diálogo com as crianças, jovens e adultos, fazer esta definição prévia (não bimestral, obviamente). Chamo de conteúdo, aqui, a finalidade da experiência educativa em seu conjunto e as temáticas a serem estudadas que pudessem dar consequência a finalidade coletivamente construída. Parabéns pela pergunta, você indica a importância de considerar os interesses dos estudantes e a incompatibilidade de “propostas prontas por outros” serem compatibilizadas com a ideia de um currículo relevante para todos.
3. Se o currículo do ciclo é amplo, aberto e flexível, qual é o papel do livro didático que chega à escola e é entregue aos alunos? Se dissermos que constitui um norte para o trabalho do professor, não estaríamos, de alguma forma, “seriando” o currículo do ciclo? Como nos livrar desse comprimido dentro de um frasco?
I.R.: Penso que o livro didático poderia ser substituído por outro tipo de livro, livros de estudos com maior qualidade na abordagem das temáticas, mas enquanto isto não acontece, o livro didático poderia ser utilizado como fonte de pesquisa, ser distribuído entre as turmas de forma a contemplar livros de diferentes “números” (livro 1, 2, 3, 4...) não de forma seriada. Parabéns pela sua pergunta, porque expressa o pleno entendimento de que a organização em ciclos implica em não seriar o conteúdo escolar, tal qual fazem os livros didáticos.
4. Com relação ao ciclo – agrupamento por idade. Como ver vantagem nessa forma de ciclo para o aluno que é matriculado pela primeira vez na escola com 12 anos e é colocado em sala com colegas da mesma idade, porém já em adiantado nível de estudo. Esse aluno estuda um ano no ciclo e é transferido para outra, agrupado por série. Como assegurar seu sucesso escolar?
I.R.: Como assegurar o sucesso escolar deste suposto estudante se sua matrícula fosse feita junto a crianças de 6 anos, onde ele teria um tratamento de crianças de 6 anos, aprendendo temáticas significativas para crianças de 6 anos? Como assegurar seu sucesso escolar sem lhe dar o direito de participar das discussões, estudos, trocas de adolescentes de 12 anos? Por que, para que ele aprenda questões que não aprendeu antes na escola, precisamos enturmá-lo com crianças de 6 anos fazendo com que, na melhor das hipóteses, ele concluísse o ensino fundamental com 21 anos (12 + 9 = 21)? Seria mais justo e educativo, parece-me, agrupá-lo entre seus pares na idade e oferecer serviços de apoio no contra turno escolar para suprir eventuais necessidades escolares. De toda a forma, parabéns pela sua pergunta, pois ela nos permite provocar duas questões fundamentais e complementares para entendermos o grupamento escolar em ciclos: (1) o agrupamento é por idade e não por conhecimento anterior adquirido; (2) para provocar a aprendizagem não é necessário que as crianças e adolescentes estejam agrupadas com base em um suposto conhecimento comum; (3) para o agrupamento em ciclos funcionar é preciso mecanismos de apoio escolar capazes de oferecer suporte às necessidades que o processo educacional vai apresentando.   
  5. Recentemente, em Goiânia, uma escola municipal foi incendiada por ex-alunos que tiveram uma briga... Posto este cenário mundial do capitalismo que impõe um padrão, e culpabiliza quem não o atinge, o que dizer do simbólico envolvido nesse processo do “colocar fogo na escola”. Será só pela falta de uma boa estrutura física?
I.R.: Penso que apenas a falta de uma boa estrutura física não seria suficiente, para um grupo saudável, atear fogo numa instituição. Da mesma forma, querer julgar o que aconteceu, sem conhecer as pessoas envolvidas, a instituição e o contexto do fato não seria razoável.
Tenhamos, todos os que acreditam em uma educação democrática, um bom final de outubro!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Manifesto: educadores ambientais com Dilma



Educadores Ambientais com Dilma 


O atual momento em que se encontra o processo político brasileiro exige posição. Com a eleição de uma bancada extremamente conservadora, nunca na história do país as pautas progressistas tiveram tantos ataques.

Nós educadores ambientais de todo Brasil, participantes de ONGs, Redes, Universidades, escolas e mais diferentes espaços sociais temos lado.

 A sustentabilidade ambiental e os direitos humanos estão intrinsicamente conectados e defendemos que estes temas precisam estar internalizados nas políticas públicas.

 Compreendemos a necessidade de avançarmos em muitos aspectos, mas não podemos negar as conquistas estabelecidas no último período, fruto de compromisso político e acima de tudo, a concretização de espaços de participação social que deram voz a diferentes atores sociais.

Por tudo isto, neste momento, defendemos a continuidade de iniciativas que tem transformado o Brasil na perspectiva da emancipação e da inclusão social.

Desde 2003 temos produzido avanços significativos, que vão à direção da institucionalização da educação ambiental no Brasil. Podemos destacar os processos conferenciais adulto e infanto-juvenil, os coletivos educadores, salas verdes e tantas outras propostas as quais nos identificamos e fomos protagonistas em sua implantação, especialmente, dando voz a crianças e adolescentes.

O Governo Dilma, neste sentido deu duas valiosas contribuições. Primeiro a criação do Programa de Educação Ambiental na Agricultura Familiar (PEAAF) e recentemente, Programa Nacional Escolas Sustentáveis, ambos em diálogo com o fortalecimento da Política Nacional de Educação Ambiental (Pnea), do Programa Nacional de Educação Ambiental (Pronea) e na Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental (Encea).
Os governos petistas tem como marca o fortalecimento da EA com diversos programas de formação para professores e educadores populares, enraizamento com o fortalecimento das CIEAs, CEAs e Salas Verdes e empoderamento de comunidades e territórios.

Compreendemos que há muito por fazer na direção de uma sociedade verdadeiramente sustentável, mas os modelos neolibeirais não podem voltar ao cenário político brasileiro por todo retrocesso que representam as políticas públicas e especialmente, no papel protagonista do Estado.
Com base nestes argumentos, apoiamos a reeleição da presidenta Dilma e encorpamos a luta por mais direitos em direção a um Brasil cada vez mais justo, inclusivo e sustentável!

 Para assinar:

domingo, 19 de outubro de 2014

O ódio e a ignorância da Direita nas ruas e na mídia

"Varrer" e "aniquilar": a apologia do extermínio dá as caras na eleição

A direita que jura viver em uma ditadura é a primeira a agredir, verbal ou fisicamente, quem não vota como ela

por Matheus Pichonelli <http://www.cartacapital.com.br/Plone/autores/Matheus-Pichonelli>  — publicado 17/10/2014 12:08

Divulgação

No caso das ameaças ao ator e escritor Gregório Duvivier, o agressor tinha a cartilha decorada, aquela tentativa rocambolesca de juntar as palavras “perigo”, “vai pra Cuba”, “ditadura”, “esquerda caviar” e “roubalheira” sem necessariamente criar um raciocínio

O ex-presidente desconfia da capacidade cognitiva de quem não vota como ele. A colunista do jornalão nem desconfia: tem certeza de que parcela da população é incapaz de apertar os botões 1 + 3 + Confirma – e isso, aposta ela, teria efeito considerável no resultado das urnas. O ator global acha que votar no atual governo equivale a contrair ebola. E o colunista que defende em público o seu voto no governo, com ou sem ebola, é escorraçado no restaurante que não deveria frequentar - pois quem defende pobre e come caviar só tem direito a comer baratas, e não a defender que todos, inclusive ele, comam o que quiserem e quando quiserem.

A sequência de episódios diz mais, muito mais, da virulência de um mundo em desordem do que supõe o marketing político dos dois finalistas deste segundo turno. O descolamento da realidade parece ser um fenômeno inescapável dos tempos atuais. A arrogância e a falta de autocritica, também.

Mas a virulência, nessa história, tem lado. A direita que jura viver em uma ditadura (gayzista, bolivariana, da insegurança, etc) é a primeira a agredir, verbal ou fisicamente, quem não vota como ela. É sintomático. No caso das ameaças ao ator e escritor Gregório Duvivier, o agressor tinha a cartilha decorada, aquela tentativa rocambolesca de juntar as palavras “perigo”, “vai pra Cuba”, “ditadura”, “esquerda caviar”, “roubalheira” sem necessariamente criar um raciocínio. Quem jamais defendeu o regime castrista que se vire: no estigma não cabem ponderações, a não na base do bíceps.

Quando falo sobre esse grupo, não me refiro aos que se dizem cansados do atual governo, que defendem reformas no sistema tributário e aceitam a diminuição do papel do Estado em prol de uma tal competitividade empreendedora. Posso discordar, mas acho compreensível e legítima a contraposição ao atual projeto de governo. Mas uma coisa é se opor. A outra é se opor à existência do projeto, dos arquitetos do projeto e de apoiadores do projeto.

Nas ruas, postes, posts e vidros de carros blindados, a opção de voto chega acompanhada de um imperativo, quase sempre expresso nas conjugações dos verbos "varrer", "eliminar", "exterminar", "expulsar", "aniquilar". Varrer, eliminar, exterminar e aniquilar quem, cara pálida? Quem não vota como você? Não basta votar contra, é preciso mesmo exterminar? Em que momento da História esta disposição ao justiçamento acabou bem?

Não importa. Basta deixar o interlocutor à vontade para falar, de preferência em sua área de conforto, sua roda de amigos, a varanda de sua casa, amparado por um copo de chope ou uísque, e o resultado será o velho delírio autoritário de quem se refere ao outro como o "inimigo". São os mesmos que chamam os organizadores de rolezinho de “cavalões”, que questionam se o aeroporto virou rodoviária, que dedica parte do seu Natal para questionar o Natal de presidiários, que dizem ser compreensível amarrar, bater e prender no poste o jovem infrator que não se emenda, que bate em manifestante com bandeira de partidos em protesto, que acha que corrupção tem um lado só e se combate com vermífugo. É como definiram nas mesmas redes que hoje concentram o ódio: não dá para discutir Bolsa Família com quem ainda não aceitou a Lei Áurea. No Brasil os viúvos do escravismo se aglutinam em multidões. Como diz a música: eles são muitos, mas não podem voar. Mas vociferam quando se veem na rabeira da História.

O caráter higienista da arrogância social travestida de posicionamento político deixou claro, mais que claro, o quanto o espaço ao contraditório é apenas uma miragem em um país que não parece ter assimilado as tragédias de suas experiências autoritárias. Um tempo em que, diante da projeção inflacionada do chamado “mal maior” (as reformas – comunistas? – de base de ontem são o “mar de lama” de hoje), aceitava-se a mediocridade, a lama, a bota, o chão, o silêncio. A indigência de hoje não é outra se não a consequência de um passado não-esclarecido, de um presente que se nega a expor os horrores da supressão de direitos diluídos na escuridão das masmorras e dos centros de tortura.

Porque, na vida real, seguimos torturando e aceitando que tortura em corpos alheios é refresco (ou vacina): presos morrem confinados sem direito a julgamento, pobres são diariamente humilhados ao circular ao arrepio da ordem, manifestantes tomam balas de borracha no olho quando questionam que ordem, afinal, é essa.


Mas algo parece estranho quando o mesmo eleitor que condena o que chama de Bolsa Esmola, os programas de inclusão na universidade e a chegada de médicos à periferia faz uma defesa tão apaixonada por quem jura de pé junto não mexer em nada disso. Essa direita, porta-voz dos preconceitos e das soluções autoritárias, não é só violenta. É míope e surda.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Dilma 13 - Presidenta! Brasil, um país para si!

Post do Josué Medeiros, Doutor em Ciência Política e professor da UFRJ:

"Hoje, no máximo até amanhã, veremos os institutos de pesquisa, na maior cara de pau ignorando os grosseiros erros do primeiro turno, publicar pesquisas que botam Aécio na frente da Dilma. O desespero tomará conta de geral. Ainda acho que é preciso serenidade e frieza, e com isso vamos perceber que o quadro segue mais difícil pros caras do que pra gente. A vantagem de Dilma sobre Aécio no Nordeste foi de 13 milhões de votos. Marina, nessa região, obteve 5 milhões. A vantagem de Aécio sobre Dilma em SP foi de 5 milhões de votos. Marina obteve, nesse estado, 5 milhões de votos. A vantagem de Dilma no eixo mais progressista do Sul/Sudeste (RJ, RS, MG) foi de 1 milhão e meio de votos. Marina obteve, nesse estados, 4 milhões e meio. Por fim, a vantagem nacional da Dilma foi de 8 milhões de votos. O único cenário onde Aécio vence o pleito é ele levando o voto da Marina em todos esses "agregados". Ele precisa virar o jogo em RJ, MG e RS, aumentar a vantagem em SP, e pegar os votos da Marina no NE. Sério mesmo, se ele conseguir isso será o maior feito da história eleitoral brasileira, fenômeno a desafiar cientistas sociais do mundo todo por décadas. A vida tá muito dura pra ele, não nos esqueçamos disso. Serenidade para não perder a cabeça e para buscar os votos que restam."

Lutar por cada voto, esse é o trabalho.
Leiam e repassem
Vale muito , pois estamos lutando pelo nosso BRASIL!

Dilma 13 PRESIDENTE

Brasil, um país "para si"
O link remete para um post anterior