sexta-feira, 24 de junho de 2016

Curso Escola, Interculturalidade e Currículo - PPGEDU Unirio

O Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado e Doutorado da UNIRIO oferecerá, de 18 a 29 de julho de 2016, das 18h às 22h, no Campus Urca (CCH, Av. Pasteur, 456), o Curso “Escola, Interculturalidade e Currículo”  (45h, 3 Créditos).
O Curso será oferecido pelas professoras Maria Elena Viana e Andréa Rosana Fetzner e terá a participação do Prof. Alessio Surian, como convidado, de 25 a 29 de julho.
Para se inscrever no Curso é necessário acessar o link: 

Estudantes de outras Universidades, regularmente matriculados em Programas de Pós-Graduação – Mestrado ou Doutorado:
Aguardar um e-mail de confirmação da vaga (ofereceremos 20 vagas)
No dia da primeira aula, dia 18 de julho, entre 14h e 17h, é necessário apresentar na Secretaria uma cópia do documento de identidade e CPF, além da Declaração de Aluno Regularmente Matriculado na Instituição de origem, para assim formalizar a matricula.
No término do período, será emitida pela Secretaria do PPGEdu a declaração da disciplina cursada, com carga horária e a respectiva nota.

Estudantes do PPGEDU UNIRIO, basta acessar o link e realizar sua inscrição, procedendo depois, pelo SIE, a sua matrícula.


segunda-feira, 20 de junho de 2016

Festival da UTOPIA (Maricá, RJ, 2016) e Fórum Social Mundial

Em meio ao tiroteio político entre fascismo e democracia, uma novidade acontece por terras fluminenses: Maricá promove o Festival da Utopia. Trata-se de uma prática milenar para resolução de problemas: compreendê-los melhor e, por meio de uma conversa decodificadora, criativa e liberada das amarras, sejam cientificistas ou institucionais, imaginar outro mundo possível - na proposta de Maricá - outro horizonte possível.
O Fórum Social Mundial, definido por Boaventura de Souza Santos (*) como utopia crítica, foi realizado em 2001 (Porto Alegre, Brasil) com o objetivo de articular políticas, estudos, propostas que se contrapunham à globalização neoliberal. Nas primeiras edições (2001, 2002 e 2003), com forte participação da Frente Popular (Partidos de esquerda que se alinhavam ao PT na Prefeitura de Porto Alegre e Estado do Rio de Grande do Sul), o Fórum divulgou algumas propostas concretas para redução da desigualdade no planeta: taxa Tobin (taxação do capital financeiro); taxação das grandes fortunas; etc.
De fato, ao bater asas e se tornar itinerante (2004, Mumbai,Índia; 2005, Porto Alegre, Brasil; 2007, Nairóbi, Quênia; 2009, Belém, Brasil; 2010, descentralizado e 27 locais;  2011, Dakar, Senegal; 2012, Porto Alegre, Brasil), o FSM aposta em sua capacidade de existir sem uma de suas âncoras: governos de esquerda que poderiam comprometer-se com a aplicabilidade de suas propostas. Viaja hoje sobre mundo (no mundo, talvez) e, visitando o site do movimento FSM, não consegui descobrir sequer quais seriam os participantes do Comitê Internacional. Parece-me que o FSM, ao assumir sua liquidez, independência, polifonia, que são características contemporâneas de uma sociedade alter mundialista, não censuráveis, perdeu sua capacidade de comunicação e elaboração de políticas que possam ajudar a esquerda mundial a tentar responder com alguma possibilidade de governo diante das novas vitórias do capitalismo: enfraquecimento dos governos nacionais e individualidade avançada (ideologia que se sobrepõe aos sujeitos sociais/coletivos).
Maricá, cidade em que o Prefeito é Whashington Quaquá/Partido dos Trabalhadores, realiza um grande evento. Para uma cidade que ousa a experiência do transporte público gratuito, trazer o movimento epistemológico, político, social que o FSM tinha como orientação, para discutir outro viver possível é mais que necessário. A cada ano, os Relatórios de Desenvolvimento Humano e as notícias das guerras, do avanço do fascismo, da crise crônica e insuperável do capitalismo, nos ameaçam a vida, a solidariedade, e, sobretudo e especialmente, no Brasil, hoje, a democracia. É um evento para não se perder (de ir, mas também de comprometer-se com a aplicação prática dos caminhos necessários a alimentar nossa utopia coletiva por uma sociedade melhor).
Veja a apresentação, os participantes e a programação do evento aqui:
Festival da Utopia em Maricá - Rio de Janeiro
Nos encontramos na Abertura: dia 22 de junho, 9h.
Esta será uma boa semana na luta.
E, lembrando, primeiramente, #ForaTemer.
(*) SOUSA SANTOS, Boaventura. O Fórum Social Mundial: Manual de Uso. São Paulo: Cortez Editora. 2005.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Participação do GEPAC na ANPED REGIONAL - UFES, Espírito Santo

Convidamos as pesquisadoras e os pesquisadores a participarem das sessões em que discutiremos nossas pesquisas, em mais uma Reunião da nossa Associação Nacional de Pesquisadores em Educação:

Local: Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES


Data 11/06/2016   13h às 14h
Sala 06 do IC-IV-Centro de Educação
Pôster
ENTURMAÇÕES DIFERENCIADAS NO ENSINO FUNDAMENTAL: AS TURMAS DE PROJETO NO RIO DE JANEIRO E OUTRAS EXPERIÊNCIAS (Mestrado)
Andréa Reis Vieira – SMERJ/ UNIRIO

               Data 12/06/2016   14h às 18h
Sala 06 e 07 do IC-IVCentro de Educação
Comunicação Oral
ORGANIZAÇÃO ESCOLAR EM CICLO E AS PRÁTICAS AVALIATIVAS COTIDIANAS: UMA RELAÇÃO TENSIONADA PELA POLÍTICA DE CONTROLE PÚBLICO POR MEIO DA AVALIAÇÃO (Doutorado)
 Ester de Azevedo Corrêa Assumpção – UNIRIO
             
13h às 14h 
Sala 06 do IC-IV-Centro de Educação
Pôster 
EDUCAÇÃO, POLÍTICA E GRAMSCI: COMO ENTENDER TEMPOS SOMBRIOS (Doutorado)
Ana Valéria Dias Pereira  UNIRIO

Data 13/06/2016   13h às 14h
Sala 06 do IC-IV-Centro de Educação
Pôster
PESO DAS AVALIAÇÕES EXTERNAS NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: UM OLHAR SOBRE AS PRÁTICAS AVALIATIVAS EM UMA ESCOLA DA SME/RJ (Mestrado)
Claudia Claro Chaves de Andrade – UNIRIO

CURRÍCULO, CICLOS E AVALIAÇÃO ESCOLAR - A VISÃO DOS ALUNOS SOBRE AS PRÁTICAS EDUCATIVAS E AVALIATIVAS DA ESCOLA (Doutorado)
Andressa Farias Vidal - UNIRIO

  Data 13/06/2016   14h às 18h
Sala 32 do IC-IV-Centro de Educação
Comunicação Oral
CICLOS E REPROVAÇÃO: UMA ALIANÇA ESTÁVEL E DE DIFÍCIL SUPERAÇÃO PARA OS DOCENTES (Doutorado)
Andressa Farias Vidal - UNIRIO

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Sobre umbigos e mãos

A coisa tá bem esquisita, bem coisa e bem esquisita. 
Mas para quem estuda história, não tão esquisita. As crises econômicas desencadeiam nosso pior: é como se estivéssemos em caça, no mais básico ato de sobrevivência. Para viver, matar. Alimentar-se. Sobreviver. 
E, então, mesmo tendo disponível o conhecimento da coleta, da produção de orgânicos, da possibilidade de alimentos para todos, da vida sem escravidão e uma certa noção de que podemos viver de modo outro - misturando ciência e sagrado, ética e estética, hibridizando saberes e lançando-nos a ser mais, escorregamos na casca de banana e, depois de um baita tombo, apelamos para o "salve-se quem puder".
Nesse apelo, danem-se a ciência, o sagrado, a ética, a estética. Danem-se os vizinhos, os pais, os irmãos, dane-se o mundo, o universo passa a circular em volta do umbigo. Pouco importa se os refugiados da Europa têm origem na desestabilização política provocada pela política estaduniense no Oriente Médio; se a fome tem origem numa má distribuição da produção; se as economias que têm no Petróleo um importante produto de sustentação quebrem (de novo por uma política dos EUA, associada à Arábia Saudita), se pessoas morrem sem outra causa que não a sustentação do mais para os mesmos; as 85 famílias que têm para si 50% do PIB mundial. 
Aqueles que têm seu lucro a qualquer preço precisam assegurar que os ricos continuem aparecendo como representantes da imagem de que, pelo trabalho e pela adoção de determinados padrões (sínicos, hipócritas, racistas, machistas), qualquer um pode chegar lá. É imagem do pinscher pulando para alcançar a mesa, no filme de Michael Moore (Capitalismo, uma história de amor).
Precisamos de um pensamento menos umbigal. A sobrevivência não está na caça, na exclusão, no cada um por si. Ao menos a nossa sobrevivência (de todos que estão fora das 85 famílias), está em nossa capacidade de encontrar com o outro, aperta-lhe a mão, conhecê-lo e com ele dialogar. A nossa sobrevivência está no estabelecimento de contatos (nacionais e internacionais) para promoção de uma mudança substancial do jogo. E o jogo é mundial, e nós somos muitos. Precisamos pensar também com as mãos que trabalham, que podem nos unir, que podem virar o jogo. No Brasil, precisamos barrar o Golpe. No mundo, precisamos barrar o fascismo. Somos muitos, temos o nosso trabalho e um compromisso com a justiça social.
#ForaTemer
#ForaBolsonaro
#ForaTrump
Fora Deputados e Senadores que não sabem o que fazem e fora os que sabem muito bem o que estão fazendo contra as políticas sociais no Brasil.

terça-feira, 7 de junho de 2016

XIII Fórum FINAflor e II Encontro NINA: "Infâncias Indígenas Brasileiras: Ontem e Hoje"

O XIII Fórum FINAflor e II Encontro NINA, que terá como tema: "Infâncias Indígenas Brasileiras: Ontem e Hoje" promoverá a discussão com palestrantes de universidades e também indígenas. 

O Fórum acontecerá no dia 11 de Junho, próximo sábado, tendo início às 08h30min no Auditório Paulo Freire - CCH UNIRIO. (Avenida Pasteur, 458).


2º Ciclo de Leitura sobre Filosofa e Ensino UNIRIO

O 2º Ciclo de Leitura sobre Filosofa e Ensino iniciará nesta quinta-feira, dia 09 de junho de 2016, promovido pelo grupo do Projeto de Extensão Filosofia na Sala de Aula, PROExC/UNIRIO, com apoio da SEAF - Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficos. 
Mais Informações: 
Prof. Dr. Dalton Alves
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO
Departamento de Fundamentos da Educação - DFE/EE/CCH
Área de Educação e Trabalho/
Educação e Filosofia/
Educação e Economia Política.

Vivendo um Golpe

Durante todo este ano e antes de 11 de maio, todo o dia era dia de levantar, olhar as noticias no watsapp, respirar fundo e acreditar que algo iria acontecer que nos ajudasse frear a ruptura da ordem constitucional que se aproximava. As atividades políticas eram intensas e o trabalho avassalador, porque imenso e permeado de distrações outras, um compromisso maior em denunciar, em deter o golpe, em debater com a visão construída pela direita de que a esquerda faria mal ao país.
A votação do impedimento da presidenta Dilma no Senado durou entre 11 e 12 de maio. Acordar, dia 12 de maio, em um país que vive um golpe, foi muito triste. Foi intenso e doloridamente triste. Dia 12 ainda foi possível acompanhar a saída de Dilma do Planalto. E o Golpe se estabeleceu majestosamente ruim. A fotografia da entrada dos Golpistas no poder foi muito representativa daquele que, tendo sido eleito como vice, com uma Presidenta e Projeto de Governo de esquerda, articulou nos corredores a derrubada da mesma (para proteger os seus na Lava Jato) e chegou a escrever o que tem sido chamado de "Ponte para o passado" - desejos da direita nacional e dos EUA, entre a entrega do Pre Sal e o fim dos direitos trabalhistas, apresentado como um "plano de governo". Plano de governo não eleito, é isso que está se tentando estabelecer no país.
Os dias só não são mais difíceis porque temos muitos amigos, muitas amigas, dos mais distantes aos mais próximos, gente sensível, gente que tem noção de tudo o que estamos diariamente perdendo. Mas nossa força é imensa, talvez do tamanho da vontade deles em governar sem voto. A ocupação do MinC, a reunião da esquerda  (mais ou menos, é verdade), os atos cotidianos que mostram que não estamos sós, que podemos estar sem Justiça e sem Parlamento, porque todos parecem comprados, mas que ainda temos a nós, e estamos, todos e todas, nenhum pouco a fim de nos calarmos, de desistirmos da luta. É isto que nos faz levantar todo o dia, e recomeçar a vida.  


Em São Gonçalo, UERJ



Agenda unificada Comitê Unirio contra o Golpe e pela Democracia e Adunirio